segunda-feira, 7 de novembro de 2022

BQ.1: o que se sabe sobre variante da ômicron descoberta no Brasil


Uma nova variante do coronavírus, chamada de BQ.1, foi identificada no Rio de Janeiro, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

A variante já havia sido encontrada no Amazonas em 20 de outubro, de acordo com a unidade da Fiocruz no estado, o que fortalece a suposição de que ela circula em diferentes locais do país.

Em entrevista à BBC News Brasil, o Secretário Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, explicou que a paciente diagnosticada na cidade é uma mulher de 35 anos, moradora da zona norte e sem sintomas graves.

"Ela já estava com as quatro doses da vacina, então os sintomas são leves e similares a infecções por outras variantes."

"A paciente não havia viajado, o que significa que essa variante já está causando transmissões localmente", completa o secretário.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, interpretados pelo infectologista Andre Lazzeri Cortez, entre as capitais, a cidade do Rio de Janeiro foi a que teve um número maior no aumento de casos nos última semana epidemiológica: foram 2202 pessoas infectadas. Na sequência, Recife apresenta 1333, Goiânia 611, Manaus 506 e São Paulo 479.

De acordo com o infectologista Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, a BQ.1 é derivada da variante ômicron.

"É a mesma cepa que circula hoje na Europa e causou o aumento de infecções em países como Alemanha e França."

Não há mudanças em relação aos sintomas, que continuam sendo, para a maioria dos pacientes, dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar.

A característica principal que a difere de outras cepas, explica o médico, é um escape muito maior da proteção das vacinas.

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