As atenções dos bastidores políticos estão voltadas para a reunião do Diretório Estadual do PDT que pode definir, nesta segunda-feira, a partir das 17 horas, o nome que o partido apresentará na disputa ao Governo do Estado. O clima é de divisão interna: de um lado, aliados favoráveis à reeleição da Governadora Izolda Cela, que recebe, também, o apoio do ex-governador Camilo Santana. Do outro lado, o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, nome preferido do presidenciável Ciro Gomes.
Os últimos 30 dias foram marcados pelas tensões criadas entre os defensores das candidaturas de Izolda e Roberto Cláudio. O PDT elegeu como principal instrumento para definição do candidato ou candidata uma pesquisa sobre as intenções de votos. O critério desagradou a simpatizantes de Izolda Cela. A manifestação exposta por prefeitos e deputados estaduais que saíram em defesa da reeleição da atual governadora aumentou ainda mais o fosso de divergências internas.
A reunião do Diretório Estadual, sob o comando do presidente André Figueiredo, é antecedida de discussões nos bastidores e muitas reuniões na tentativa de busca do consenso para evitar que o partido chegue ainda mais dividido à convenção que irá homologar as candidaturas e as alianças ao pleito de 2 de outubro. A reunião desta segunda-feira cumpre esse papel: buscar o consenso e neutralizar uma possível disputa na convenção estadual.
Os esforços na busca da reunificação do PDT não foram esgotados, mas, entre lideranças estaduais, o sentimento traduzido pelas palavras e semblantes é divisões com desdobramentos imprevisíveis. As pressões aumentam porque há temor de que a aliança com o PT e outros partidos venha a implodir. Essa, pelo menos, é ameaça do PT que, por meio de declarações do deputado federal José Nobre Guimarães, acena para o lançamento de candidatura própria caso o PDT apresente o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, ao Governo do Estado. O PT, assim como o MDB, defende a candidatura de Izolda Cela.
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