Vai dar praia no mês das férias no Ceará? Essa pergunta quando feita em anos passados era de fácil resposta, afinal, julho costuma ter baixos índices pluviométricos, cuja média histórica para o período é de apenas 15,4 milímetros. Se, em julho, as médias já são baixas, em agosto, ainda mais. A normal pluviométrica para o mês é de apenas 4,9 mm. Mas, em 2022, tendo por base o prolongamento inesperado e atípico das chuvas que se estende para além da quadra-chuvosa, tudo pode acontecer. Inclusive, é o que preveem meteorologistas da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Segundo eles, o Estado tem tendência de continuidade das chuvas em julho e até mesmo para agosto. Alguns dos fenômenos indutores das chuvas, neste período, são o aquecimento das águas superficiais do Atlântico Tropical e o resfriamento das águas superficiais do Pacífico Tropical (La Ñina).
Essa combinação de fatores "trazem bastante umidade e formam os chamados Complexos Convectivos de Mesoescala, sobretudo na região litorânea", conforme explica o especialista Flaviano Fernandes, do Inmet.
Desta forma, a análise do meteorologista aponta que "na região Sul do Ceará, a previsão para os próximos dois meses é de chuvas dentro da normalidade e, nas demais áreas, chuva acima da média em torno de 10mm a 50 milímetros". A meteorologista da Funceme, Rafaela Gomes, aponta tendência semelhante.
"Para os próximos dias (final de junho e começo de julho) é esperado anomalias positivas de chuva em todo o Centro-norte do Estado em decorrência da formação de áreas de instabilidade que se formam sobre o Oceano ou sobre o continente", detalha Rafaela.
A especialista reforça, ainda, que "leste do Nordeste Brasileiro está sob influência da estação chuvosa, causada principalmente pelos distúrbios ondulatórios de leste e que, dependendo da intensidade desse sistema, poderá ocasionar chuvas no Ceará".
Nenhum comentário:
Postar um comentário