quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Covid-19 matou no Brasil quatro vezes mais que a média mundial de óbitos por habitantes, diz Fiocruz


A mortalidade por covid-19 no Brasil equivaleu a quatro vezes a média mundial por milhão de habitantes: 2.932 mortes contra 720. O País teve 6,7% dos registros da doença no planeta, mas concentrou 11% das mortes. Os números estão no Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira, 09. O documento faz um balanço dos dois anos da pandemia.

Na análise dos pesquisadores, a alta mortalidade registrada no País, resultou “em uma calamidade que afetou diretamente a saúde e as condições de vida de milhões de brasileiros”. A desigualdade social, o acesso desigual a médicos e hospitais, a falta de coordenação das ações de enfrentamento da doença por parte do governo federal e a demora na aquisição de vacinas são apontadas pelo relatório como as principais causas da alta mortalidade.

A análise apresenta uma perspectiva da evolução da pandemia desde a descoberta do vírus até os dias atuais. Baseia-se em estudos feitos pela Fiocruz ao longo desse tempo e sintetiza a dimensão do impacto da doença. Foram 388 milhões de casos em todo o mundo, 26 milhões deles no Brasil (6,7% do total). O número de mortes chegou a 5,7 milhões em todo o planeta, mais de 630 mil deles no País (11% do total).

Além de impactar a saúde da população e sobrecarregar os serviços de saúde, a pandemia resultou em uma combinação de efeitos sociais e econômicos que agravam as desigualdades estruturais da sociedade. De acordo com o boletim, a doença afetou mais gravemente a camada mais vulnerável da população e as regiões mais pobres.

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