O presidenciável Sergio Moro (Podemos) recusou uma proposta do grupo Prerrogativas, que reúne advogados e profissionais do direito, para participar de um debate com outros ex-ministros da Justiça, depois que o ex-juiz disse que só aceitaria um enfrentamento com Lula (PT).
O coletivo jurídico, que se tornou uma pedra no sapato da pré-candidatura do ex-magistrado da Operação Lava Jato, sugeriu um encontro com ex-titulares da pasta nos governos PT e PSDB.
O ex-ministro José Eduardo Cardozo (governo Dilma) e José Carlos Dias (governo Fernando Henrique Cardoso) foram sondados. O primeiro disse que topa a ideia: "Espero que ele [Moro] aceite debater com colegas, ex-ministros da Justiça. Acredito que seria uma indelicadeza muito grande ele não aceitar".
O segundo preferiu declinar, alegando a intenção de se manter mais discreto na arena eleitoral, em razão de sua atuação como presidente da Comissão Arns, entidade de defesa dos direitos humanos criada após a eleição de Jair Bolsonaro (PL). Outros nomes também serão procurados.
À reportagem Moro reiterou, via assessoria de imprensa, que admite apenas confrontar Lula, condenado e preso por ele na Lava Jato e hoje o líder das pesquisas de intenção de voto para o pleito de outubro.
"O debate de propostas em 2022 é entre pré-candidatos, portanto Sergio Moro vai debater com Lula", afirmou a equipe do ex-juiz.
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