Abrir as torneiras de casa e ver a água cair - uma cena que, em pleno século XXI era para ser natural - sempre foi uma realidade distante para a agricultora Maria Moreira. Por mais de sete décadas, ela nunca teve água disponível em sua casa, no Sul do Estado. "Vivi 73 anos sem água encanada".
O caso da idosa não é uma exceção no Ceará. Atualmente, no início desta pré-estação chuvosa, cerca de 54 mil famílias convivem com dificuldades no abastecimento e se veem obrigadas a caminhar longas distâncias para colher água em açudes e poços - isso quando a chuva é generosa e enche esses locais.
Para driblar a dura realidade, esses cearenses necessitam de programas assistenciais que possam garantir acesso à água. A construção de cisternas de placas é um deles. Cisterna é um elemento prático e objetivo de convivência com o semiárido.
No período chuvoso, ela capta a água da chuva e, nos demais meses de estiagem, os moradores que têm o equipamento instalado ao lado de suas casas passam a ter acesso a água potável.
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