O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), defendeu ser "natural" que o candidato ao Governo do Estado em 2022 seja do PDT, diante da possibilidade de o PT disputar a vaga do Senado, com a candidatura do próprio Camilo. A declaração acontece no mesmo dia em que petistas que defendem candidatura própria ao Executivo tentam pressionar a direção estadual da sigla pela abertura da discussão sobre o assunto.
"Vai depender muito das definições dos cargos majoritários no próximo ano. É natural que, se eu sair para uma disputa de Senado, a vaga de candidato a governador seja do PDT", disse Camilo, em entrevista à rádio FM Assembleia, nesta segunda-feira (13).
A ala petista sob liderança de nomes como os deputados federais Luizianne Lins e José Airton anunciaram para a tarde de hoje a entrega de um documento à direção estadual, "requerendo a abertura imediata de discussão sobre a candidatura própria do PT ao Governo do Estado".
Às vésperas de 2022, parte do PT e o PDT seguem numa queda de braço sobre os rumos da aliança no Ceará. Nacionalmente, ambos os partidos têm pré-candidatos, Ciro Gomes (PDT) e Lula (PT). Os constantes ataques de Ciro aos petistas tem sido usado como justificativa para uma suposta impossibilidade de aliança.
A disputa não é novidade entre os partidos no Ceará, mas não tem tido grandes impactos na aliança em sucessivas eleições, especialmente desde que Camilo foi indicado pelo ex-governador Cid Gomes (PDT) à sucessão no governo.
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