O senador Cid Gomes (PDT-CE), em entrevista ao portal UOL na manhã desta quarta-feira, afirmou que a posição de Ciro Gomes, de suspender a pré-candidatura à presidência por causa dos votos de deputados do PDT a favor da chamada PEC dos Precatórios foi racional, pensada e contribuiu para avanços na matéria. Ao mesmo tempo, ele sustentou que a proposta, aprovada pela Câmara dos Deputados, deverá ter um tratamento diferente no Senado, onde os diversos assuntos do texto poderão ser apreciados separadamente.
Durante uma hora, Cid conversou com os entrevistadores Fabíola Cidral, Josias de Souza e Leonardo Sakamoto sobre o cenário eleitoral, as perspectivas de votação da PEC dos Precatórios e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendendo as emendas de relator do “Orçamento Secreto”. Para ele, a decisão do STF foi “um freio de arrumação”, um aviso para que não se faça da discussão do Orçamento um espaço de cooptação e que é preciso haver transparência.
Cid dedicou boa parte do tempo a explicar a posição do PDT na questão dos precatórios (dívidas de órgãos públicos com pessoas e empresas, já transitadas em julgado e cujo pagamento é obrigatório). Segundo ele, o que houve na Câmara foi a inclusão de assuntos diversos no texto da proposta de emenda, por parte dos apoiadores do Governo, para facilitar sua aprovação. Disse também que o PDT participou de negociações a respeito da PEC, com vistas à “redução de danos” e melhoria na proposta, mas que Ciro não estava a par disso.
Depois da suspensão da pré-candidatura, os deputados do PDT mudaram o voto no segundo turno, em uma decisão corajosa, que fortaleceu Ciro. Segundo Cid, os cinco pedetistas que ainda mantiveram seu apoio já manifestaram a intenção de deixar o partido tão logo a legislação permita.
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