O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello presta depoimento, nesta terça-feira (19), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia da Covid-19. Durante a oitiva, que era uma das mais aguardadas, o general evitou atribuir responsabilidade ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelas decisões da pasta no enfrentamento ao novo coronavírus e deu, pelo menos, quatro informações incorretas.
Inicialmente, a oitiva do militar estava marcada para acontecer no dia 5 de maio, mas teve que ser adiada após o general entrar em quarentena por ter tido contato com duas pessoas infectadas com Covid-19.
Assim como prometeu, ex-ministro respondeu todas as perguntas do relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), apesar de contar com um habeas corpus expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que permite a ele o direito ao silêncio em perguntas que poderiam incriminá-lo.
Pazuello deu ao menos quatro informações incorretas durante o depoimento, como quando afirmou que não recebeu ordem direta de Bolsonaro relacionada à compra da vacina chinesa Coronavac.
Na comissão ele também afirmou que nunca recebeu ordens específicas do chefe do Executivo nacional.
"Em hipótese alguma. O presidente nunca me deu ordens diretas para nada", respondeu a Calheiros.
Pazuello inclusive nega tentativa de interferência do chefe do Executivo para ampliar o uso da hidroxicloroquina –questão apontada pelos seus dois antecessores no cargo.
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