"Se ele nos chama de idiotas úteis, eu digo que na presidência tem um idiota inútil". Assim Guilherme Boulos (PSOL) definiu o presidente Jair Bolsonaro (PSL) em aula pública promovida pelos sindicatos dos professores e servidos do IFRN (Instituto Federal do Rio Grande do Norte) na tarde desta quarta-feira (15) em Natal.
Durante 40 minutos, Boulos falou para milhares de pessoas que se concentravam no ginásio do campus central do IFRN. "O que está em pauta, hoje, não é apenas o corte no orçamento. Mas, sim, todo o conceito da nossa educação. O governo Bolsonaro quer formar peças que saibam apenas ler, escrever e contar. Não quer jovens pensantes, questionadores", disse Boulos.
Entenda o caso
Nos Estados Unidos, onde vai ser homenageado em Dallas, o presidente comentou os cortes em gastos, em especial da educação. Bolsonaro falou sobre protestos que acontecem em todo o Brasil.
Ao falar sobre os manifestantes que tomam as ruas do país nesta quarta, Bolsonaro os definiu como “idiotas úteis, imbecis”.
"É natural, é natural [ter o protesto]. Agora... a maioria ali é militante. É militante. Não tem nada na cabeça. Se perguntar 7 x 8 não sabe. Se perguntar a fórmula da água, não sabe. Não sabe nada. São uns idiotas úteis, uns imbecis que estão sendo utilizados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais do Brasil”, afirmou o presidente.
O presidente também comentou os cortes em si, afirmando que não gostaria de fazê-los, mas destacando a necessidade urgente do movimento.
“Não existem cortes. Nós temos um problema que... Eu peguei um Brasil destruído economicamente também. Então as arrecadações não eram aquelas previstas de quem fez o orçamento no corrente ano e se não houver contingenciamento, eu simplesmente entro de encontro, né, à lei de responsabilidade fiscal? Então, este mês não tem dinheiro. É o que qualquer um faz. Não tem, tem que contingenciar. Agora gostaria que nada fosse contingenciado. Gostaria, em especial, educação”, disse o presidente.
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