A definição da data do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância (PT) reforçou a movimentação de partidos para lançar seus próprios candidatos ao Palácio do Planalto e pode estimular a multiplicação de nomes inscritos na corrida de 2018.
Para dirigentes de siglas como DEM, PMDB, PSD e PSB, a velocidade dada ao processo contra o petista amplia as chances de que o ex-presidente fique fora das urnas, o que abriria espaço para candidaturas alternativas tanto na esquerda quanto no centro e na direita.
A cúpula do DEM, por exemplo, voltou a trabalhar com a hipótese de convencer Luciano Huck a se candidatar à Presidência da República no ano que vem.
Integrantes do comando da legenda mantiveram contato com o apresentador da TV Globo mesmo depois que ele publicou na Folha artigo em que afirma que não disputará o Planalto em 2018.
Eles acreditam que podem convencer Huck a voltar a considerar esse projeto caso haja indícios fortes, nos próximos meses, de que Lula não conseguirá manter sua candidatura amparado por uma decisão judicial. Nesse caso, ele precisaria se filiar a um partido até o início de abril.
Dirigentes do DEM avaliam que o apresentador conseguiria atrair boa parte do eleitorado do petista e planejam oferecer o partido como plataforma para esse projeto, rompendo conversas iniciais da sigla com o PSDB do pré-candidato Geraldo Alckmin.
Além do plano Huck, os democratas ainda trabalham com os nomes do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do prefeito de Salvador, ACM Neto.
Folha de S.Paulo
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