O presidente Michel Temer enfrenta nesta semana mais uma ameaça a seu frágil governo: o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da chapa que o elegeu como vice de Dilma Rousseff por abuso de poder econômico e financiamento ilegal de campanha.
O processo, que até pouco tempo parecia condenado ao fracasso, ganhou relevância após a divulgação de uma gravação, há duas semanas, na qual o presidente conversa com um empresário sobre a suposta compra do silêncio de um ex-deputado preso e sobre o pagamento de suborno a um procurador.
A gravação, feita pelo próprio empresário, foi entregue à justiça como parte de um acordo de "delação premiada".
Os apelos pela renúncia de Temer e os pedidos de impeachment se multiplicaram, e apesar de o presidente ter conseguido um fôlego nos últimos dias, sua delicada situação faz com que o país se volte para o TSE, que julgará o caso entre os dias 6 e 8 de junho.
Para Fernando Schüler, cientista político do Instituto de Investigação e Educação (Insper), trata-se de uma "coincidência histórica".
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