O presidente, Michel Temer, acaba de cancelar sua agenda oficial para esta quinta-feira (18). Segundo a assessoria do Planalto, não houve cancelamento, mas, sim, "alteração" --o presidente se dedicará a "despachos internos" em vez de manter reuniões durante todo o dia com parlamentares.
Conforme o UOL apurou, assessores próximos ao presidente se reuniram para avaliar se Temer fará pronunciamento em rede nacional defendendo-se das acusações de que teria dado aval para a compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Temer tentou manter a normalidade dos trabalhos no gabinete. Chegou antes das 8h no Palácio do Planalto e cumpriu o primeiro compromisso político com a bancada do Acre no Congresso.
Reunião no Planalto
A um grupo de parlamentares Temer afirmou que não irá deixar o cargo. "Não vou cair", disse Temer, segundo relato feito à Reuters pelo senador Sérgio Petecão (PSD), coordenador da bancada do Acre no Congresso que cumpriu agenda com o presidente na manhã de hoje.
Essa expressão, conforme o senador, foi repetida várias vezes durante a conversa com os parlamentares.
Para um assessor do Planalto, o momento é de esperar a revelação do áudio em que Temer teria dado aval à compra do silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e do operador Lúcio Funaro, ambos presos na Operação Lava Jato.
Segundo o interlocutor, membros do governo e da própria base aliada não podem "tomar ações precipitadas", como entregar cargos ou se colocar a favor de um eventual impeachment.
"Agora é analisar, ver como fica e qual o tamanho dessa crise toda. Mas, o fato é que nenhuma solução será boa para o governo. O governo vai perder de qualquer maneira", avaliou.
Uol
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