Domingos assumiria o comando do TCM em janeiro de 2017 e o plano de trabalho – com reuniões e seminários na Capital e no Interior, o projetariam para concorrer ao Senado ou ao Governo do Estado nas eleições de 2018. O conflito com o grupo político que comanda o Governo Estadual precipitou a mudança na agenda.
A estratégia traçada por Domingos Filho começou a ser minada a partir de sua decisão de se confrontar com os irmãos Cid e Ciro (PDT) Gomes e com o governador Camilo Santana (PT) na disputa pela Presidência da Assembleia Legislativa. O trio (Cid, Ciro e Camilo) tinha como candidato à reeleição o presidente José Albuquerque e contava com os deputados estaduais vinculados ao grupo de Domingos Filho.
Domingos decidiu, porém, enfrentá-los e apoiou, em articulação com o senador Eunício Oliveira (PMDB), o candidato dissidente da base governista Sérgio Aguiar (PDT). Sérgio é filho do atual presidente do TCM, Francisco Aguiar. Chico, também, envolvido nas articulações para ver o filho comandar o Legislativo, apoiou Domingos para sucedê-lo.
Os irmãos Cid e Ciro, ao lado de Camilo Santana, caíram em campo e salvaram, na véspera da eleição, a Presidência da Assembleia Legislativa, reelegendo José Albuquerque. O rompimento com Domingos Filho estava configurado e, poucos dias depois do embate pela Presidência da Mesa Diretora do Legislativo, surgiu, pelas mãos do deputado estadual Heitor Férrer (PSB), a emenda constitucional propondo o fim do TCM.
Os aliados de Cid, Ciro e Camilo pegaram carona e deram o troco no que consideram traição de Domingos Filho. O fim do TCM mexe com o presente e o futuro da política do Ceará.
Ceará Agora
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