quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Depois de "doar" R$ 800 mil a Renan, empreiteira recebeu R$ 200 mi, diz Janot

Na denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) na segunda-feira (12) contra o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aponta que a empreiteira Serveng, acusada de pagar propina de R$ 800 mil ao peemedebista via doações oficiais em 2010, nunca tinha auxiliado o PMDB antes do acerto com a Diretoria de Abastecimento da Petrobras envolvendo o suposto repasse de propinas a políticos peemedebistas.

Após este acerto, os valores recebidos pela empresa da estatal subiram mais de 380%.

"Apenas no ano de participação na primeira licitação e de assinatura do primeiro contrato de vultos começaram a ocorrer doações dessa pessoa jurídica ao partido, revelando elementos iniciais que confirmam os depoimentos de que as 'doações oficiais' eram propina paga dissimuladamente", assinala o procurador-geral da República na denúncia de 65 páginas.

A partir de delações premiadas, inclusive do próprio ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, levantamentos das movimentações financeiras dos envolvidos e análises dos contratos da Serveng na Petrobras, a Procuradoria-Geral da República destaca a coincidência entre os acertos da Serveng com políticos e o aumento exponencial dos contratos da empresa com a Petrobras.

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