Um juiz do interior de Minas Gerais pediu ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado para que seu salário não seja reajustado "até que se estabilize a situação financeira do País". Na semana passada, o Congresso aprovou reajuste para o judiciário. As informações são do blog do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo.
O caso ocorreu em Juiz de Fora. No ofício enviado ao TJ-MG, o juiz Guilherme Marques rejeita o reajuste por "convicção pessoal" e diz que solicitará o aumento tão logo o País encontre o equilíbrio, mas sem cobrar retroativo, juros ou correção monetária.
A iniciativa inédita do juiz, entretanto, não deve ter impacto na prática, já que o TJ-MG - que ainda não se manifestou sobre o inusitado pedido - deve pagar aos juízes o valor estabelecido em lei.
No último dia 1º de junho, a Câmara dos Deputados aprovou o aumento do salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). O rendimento, que delimita o teto do funcionalismo, passou de R$ 33.763 para R$ 39.293.
O efeito cascata gerado em todo o Judiciário deverá, segundo o Ministério da Fazenda, ter impacto de R$ 6,9 bilhões até 2019. Somado aos reajustes do Executivo, Legislativo e do Ministério Público, o impacto chega a R$ 58 bilhões em 4 anos.
DN Online
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