segunda-feira, 6 de junho de 2016

Juiz pede para salário não ser reajustado 'até que se estabilize a situação financeira do País'

Um juiz do interior de Minas Gerais pediu ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado para que seu salário não seja reajustado "até que se estabilize a situação financeira do País". Na semana passada, o Congresso aprovou reajuste para o judiciário. As informações são do blog do jornalista Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo.

O caso ocorreu em Juiz de Fora. No ofício enviado ao TJ-MG, o juiz Guilherme Marques rejeita o reajuste por "convicção pessoal" e diz que solicitará o aumento tão logo o País encontre o equilíbrio, mas sem cobrar retroativo, juros ou correção monetária.

A iniciativa inédita do juiz, entretanto, não deve ter impacto na prática, já que o TJ-MG - que ainda não se manifestou sobre o inusitado pedido - deve pagar aos juízes o valor estabelecido em lei.

No último dia 1º de junho, a Câmara dos Deputados aprovou o aumento do salário dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). O rendimento, que delimita o teto do funcionalismo, passou de R$ 33.763 para R$ 39.293.

O efeito cascata gerado em todo o Judiciário deverá, segundo o Ministério da Fazenda, ter impacto de R$ 6,9 bilhões até 2019. Somado aos reajustes do Executivo, Legislativo e do Ministério Público, o impacto chega a R$ 58 bilhões em 4 anos.

DN Online

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