sexta-feira, 3 de junho de 2016

Futuro de Aécio virou combinação de hipóteses

A inclusão de Aécio Neves no rol dos políticos investigados faz do seu futuro uma combinação de hipóteses —das mais amplas até as mais específicas. Na pior das hipóteses, a carreira de Aécio será eletrocutada numa linha de transmissão de Furna$. Na melhor das hipóteses, a investigação desligará o delator Delcídio Amaral da tomada.

No caso do que espera por Aécio num inquérito dessa natureza, a escolha de hipóteses é enorme. A melhor das hipóteses é que a auto-imagem do senador sobreviva fora do espelho e leve os investigadores a concluir a apuração com a rapidez de um raio. A pior das hipóteses é que Aécio seja compelido a ostentar obutton de investigado, denunciado ou réu para além de 2018.

Mesmo um desfecho benigno, que leve à decretação da inocência de Aécio, comporta a análise de alternativas. Na melhor das hipóteses, a Polícia Federal desmoralizará Delcídio, o procurador-geral Rodrigo Janot solicitará o arquivamento do caso e o STF brindará Aécio com um atestado de idoneidade.

Na pior as hipóteses, a PF terá dificuldades para escarafunchar fatos ocorridos há mais de uma década, Janot encaminhará ao Supremo pedidos de prorrogação do inquérito, os advogados de Aécio reclamarão da demora e o STF arquivará o processo por falta de provas, condenando Aécio a ouvir risinhos perpétuos toda vez que esbravejar contra a corrupção ou cobrar moralidade dos seus rivais.

Ao saber que o ministro Gilmar Mendes, do STF, determinara finalmente a abertura do inquérito solicitado pela Procuradoria, Aécio declarou: “…É claro que ninguém gosta de ser injustamente acusado, como é o caso, mas eu tenho serenidade para compreender que esse é o papel do Ministério Público, investigar as citações e acusações que ali chegam, e o da Justiça, de dar prosseguimento a essas investigações.''

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