O advogado e ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, defensor da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), anunciou na tarde desta sexta-feira (3) que apresentará quatro recursos ao presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Ricardo Lewandowski, até a próxima segunda-feira (6) por conta das decisões tomadas na comissão de impeachment do Senado nesta quinta (2).
O primeiro, segundo Cardozo, "está sendo interposto nesse momento" e diz respeito ao prazo de alegações finais, em referência à questão de ordem apresentada pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS) e acatada pelo presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-PB), nesta quinta-feira (2), que reduziu em 20 dias o período para apresentação das alegações finais da acusação e da defesa .
O segundo recurso é sobre os requerimentos votados sem o conhecimento e a manifestação prévia da defesa. "Me parece absolutamente inaceitável que a defesa seja mantida desta forma", disse o advogado.
O terceiro é sobre a suspeição do relator da comissão, o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG). Em abril, durante a primeira fase dos trabalhos da comissão, o então advogado-geral da União havia pedido a suspeição do relator da comissão, mas o pedido foi negado. O argumento usado por Cardozo para pedir o afastamento do senador tucano da relatoria era de que há ligações dos autores do pedido de impeachment com o partido de Anastasia, o PSDB, opositor ao governo da presidente afastada.
O quarto recurso diz respeito à questão da inclusão dos áudios do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que, segundo a defesa, não qualificam um fato novo com relação ao objeto, mas a provas. Na sessão de ontem, a comissão do impeachment no Senado seguiu parecer de Anastasia e rejeitou a inclusão de gravações por Machado.
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