Caso a pessoa tenha sido infectada, o teste deve detectar o vírus na saliva pelo RNA – sigla em inglês para Ácido Ribonucleico. O código molecular é uma espécie de identidade do zika, semelhante ao DNA, Ácido Desoxirribonucleico, em português, que é único para todos os organismos vivos. Como as sequências de genes têm partes semelhantes e podem confundir métodos de testagem, a primeira fase da pesquisa se dedicou a reunir todos os 40 mapeamentos de variedades do zika feitos no mundo e a cruzar informações para saber que parte do RNA é inconfundível – só tem nesse vírus específico, inclusive em comparação com humanos e o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Depois de conseguir isolar a sequência genética, a ideia dos cientistas é usar uma tecnologia simples e barata para identificar a presença do zika na saliva. Eles acreditam que não será necessário usar qualquer equipamento, laboratório ou profissional altamente treinado. Basta colha uma amostra da saliva ou da excreção do nariz, se coloque em um pequeno tubo de plástico com um reagente químico e pronto: se ele mudar para a cor indicada, a pessoa tem o vírus. Por isso, a precisão e o custo baixo estão entre os principais fatores buscados no projeto.
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