quinta-feira, 28 de abril de 2016

Cunha perde votação, manda votar de novo e ganha

Após tumulto e bate-boca entre parlamentares, a Câmara dos Deputados aprovou a criação das comissões de defesa dos Direitos da Mulher e do Idoso, na madrugada desta quinta-feira, 28. O resultado da votação foi considerado por alguns deputados como mais uma manobra do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que não considerou o resultado inicial para adiar a deliberação da matéria, fez uma nova votação e convenceu os oposicionistas de que, sem os novos colegiados, eles poderiam ficar sem vagas.

No início da votação, revoltados com a decisão do presidente da Casa de rejeitar um requerimento pela retirada da pauta do projeto da criação das comissões da Mulher e do Idoso, quando a maioria dos votos era favorável a adiar a análise da matéria por duas sessões, parlamentares começaram a gritar "não", "fora Cunha" e "golpista". Depois, cerca de 30 deputados lotaram a tribuna para protestar contra a decisão.

Após votação digital no painel, a confusão teve início quando Cunha pediu para que os que aprovassem a medida levantassem a mão, sem dar tempo para que os parlamentares se manifestassem. Em rápida decisão, ele decidiu que daria sequência à votação. Deputados apelaram para que fosse feita votação nominal para verificar a contagem dos votos novamente, porém os pedidos foram negados pelo presidente.

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