Em depoimento prestado à Polícia Federal no aeroporto de Congonhas, após ter sido alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato, no dia 4 de março, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que optou por não comprar o apartamento em Guarujá (litoral de SP) por considerá-lo inadequado para viver com a família e afirmou que a investigação contra ele é uma "sacanagem homérica".
Lula chamou o imóvel de 215 metros quadrados de tríplex "Minha Casa Minha Vida", por ser pequeno e ter escadas demais. Segundo o petista, ele afirmou ao ex-presidente e sócio da OAS Léo Pinheiro –a empreiteira assumiu a conclusão da obra após a Bancoop falir– que não ficaria com o apartamento.
"Quando eu fui a primeira vez, eu disse ao Léo que o prédio era inadequado porque além de ser pequeno, um triplex de 215 metros é um triplex 'Minha Casa, Minha Vida', era pequeno", disse Lula sobre o imóvel.
A Lava Jato apura se empreiteiras –entre elas a OAS– e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do apartamento e de um sítio em Atibaia (SP). O ex-presidente nega as acusações.
Logo depois, afirmou, sobre o tríplex: "Era muito pequeno, os quartos, era a escada muito, muito... Eu falei 'Léo, é inadequado, para um velho como eu, é inadequado.' O Léo falou: 'Eu vou tentar pensar um projeto pra cá'. Quando a Marisa voltou lá não tinha sido feito nada ainda. Aí eu falei pra Marisa: 'Olhe, vou tomar a decisão de não fazer, eu não quero'".
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