Enquanto o PT pelo Brasil fervilha com os desdobramentos da Lava Jato, intensificam-se no Ceará as articulações sobre a posição do partido na eleição em Fortaleza. Na semana passada, o governador Camilo Santana (PT) reuniu secretários petistas e comunicou que defenderá o apoio a Roberto Cláudio (PDT) na próxima eleição em Fortaleza. Ele disse que defenderá, também, um petista como candidato a vice-prefeito. E pediu que os secretários lhe deem apoio no debate interno. Segundo os relatos, o governador foi bastante enfático quanto a seu posicionamento.
Atualmente, há quatro petistas no primeiro escalão: Nelson Martins (Relações Institucionais), Artur Bruno (Meio Ambiente), Dedé Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Acrísio Sena (Acolhimento aos Movimentos Sociais). Há duas semanas, outro petista, Guilherme Sampaio, deixou a Secretaria da Cultura para engrossar a oposição a Roberto Cláudio.
A articulação de Camilo ocorreu após as tratativas terem início no âmbito nacional. Ele levou a questão à presidente Dilma Rousseff (PT), que pediu que o assunto fosse tratado com o presidente nacional petista, Rui Falcão. O dirigente da sigla, por sua vez, argumentou que a questão deverá ser resolvida no âmbito local. Então que Camilo caiu em campo articulando os petistas que lhe são subordinados.
As negociações pela candidatura do prefeito ganharam impulso na semana passada, em Fortaleza e Brasília. Além da conversa de Camilo com seus secretários, houve reforma do secretariado municipal, para acomodar aliados, e ato de filiação em massa ao PDT. Nessa última solenidade, o ex-governador Cid Gomes (PDT) cobrou apoio do PT à reeleição do prefeito, como retribuição pelo seu apoio à candidatura de Camilo a governador, em 2014. Os vários movimentos foram coordenados.
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