quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Promotores dizem que 'indução a erro' suspendeu depoimento de Lula

Promotores do Ministério Público de São Paulo afirmaram que o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) foi "induzido ao erro" no processo em que determinou a suspensão dos depoimentos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da mulher dele, Marisa Letícia, sobre suposta ocultação de patrimônio relativa a tríplex em Guarujá reservado ao casal e reformado pela empreiteira OAS.

Em nota, os promotores afirmam que vão tentar reverter a decisão "para que possam cumprir o objetivo de apurar os graves fatos envolvendo pessoas que se consideram acima e à margem da lei, algo que não pode ser subtraído da honesta sociedade civil brasileira".

O conselheiro do CNMP Valter Shuenquener de Araújo foi o autor da decisão que suspendeu os depoimentos que seriam colhidos nesta quarta-feira (17) pelo promotor Cassio Conserino. Araújo acatou na noite de terça-feira (16), um requerimento do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), em no qual o congressista alegou que o inquérito sobre o tríplex teria que ter entrado no sistema de distribuição do Ministério Público paulista. O deputado apontou ainda "flagrante perseguição política" em relação ao ex-presidente.

Segundo Teixeira, o caso do tríplex, que está sendo apurado na 5ª Vara Criminal do Foro Central Criminal de São Paulo, seria de responsabilidade da 1ª Promotoria de Justiça. Conserino seria da 2ª Promotoria.

Para Teixeira, se não fosse direcionado para a 1ª Promotoria, o caso deveria ter sido, ao menos, distribuído por sorteio entre promotores da área criminal.

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