A compra do sítio usado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Atibaia (SP) foi formalizada no escritório do advogado e empresário Roberto Teixeira, compadre do petista, no bairro dos Jardins, em São Paulo. O imóvel custou 1,5 milhão de reais, em outubro de 2010, dos quais 100 mil reais foram pagos em dinheiro em espécie.
As informações constam das escrituras de compra e venda das duas áreas que compõem o imóvel de 173 mil m², investigado pela Operação Lava Jato sob suspeita de ter sido reformado a mando de empreiteiras que tiveram ex-executivos condenados na Justiça por envolvimento no esquema de desvios e de propinas da Petrobras.
Segundo o documento, Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas (SP) Jacó Bittar, amigo de Lula, pagou 500 mil reais por uma parte do sítio e Jonas Suassuna, primo do ex-senador Ney Suassuna, arcou com 1 milhão de reais. Ambos são sócios de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho de Lula.
Dos 500 mil reais pagos por Bittar, 100 mil foram "recebidos em boa e corrente moeda nacional". O restante foi pago em dois cheques do Banco do Brasil. O negócio foi formalizado no dia 29 de outubro de 2010, dois dias antes da eleição da presidente Dilma Rousseff, no 19º andar de um prédio de escritórios na Rua Padre João Manoel, nos Jardins. O endereço é o do escritório de Teixeira. Por meio de sua assessoria, o advogado confirmou que a escritura foi lavrada em seu escritório porque Bittar e Suassuna são seus clientes antigos.
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