domingo, 13 de dezembro de 2015

Atos pró-impeachment têm início em cidades do País

Atos contra Dilma Rousseff estão previstos para ocorrer em todas as capitais do País, segundo dados atualizados pelos grupos que organizam os protestos, o Vem pra Rua e o MBL (Movimento Brasil Livre). Em Brasília, os protestos iniciaram às 10 horas (horário local). Outros 10 estados também começaram os atos nesta manhã. Em Fortaleza, o ato está marcado para as 16 horas, na Praça Portugal.

No Rio, a manifestação sairá do posto 5, em Copacabana, e seguirá pela orla a partir das 13h. O ato de São Paulo ocorrerá na avenida Paulista também às 13h. O Vem pra Rua se concentra na rua Pamplona, enquanto o MBL estará em frente ao Masp.

As lideranças foram pegas de surpresa pela decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no último dia 2, de aceitar o pedido de impedimento contra a petista. "A gente não estava esperando por esta notícia e tivemos de nos reprogramar totalmente. Estamos fazendo o possível", diz Rogério Chequer, do Vem Pra Rua, que trata o ato deste domingo como "esquenta" para eventos maiores a serem agendados.

Do poder de mobilização das ruas o Planalto pretende tirar a temperatura para definir se trabalha para acelerar ou retardar o rito do pedido de impeachment. O núcleo mais próximo da presidente avalia contar com votos suficientes para arquivar o pedido de afastamento e quer um desfecho do processo antes de março, na expectativa de que as festas de fim de ano e as férias de verão esvaziem os movimentos de rua.

Caso os grupos anti-Dilma consigam levar para as ruas um número de manifestantes semelhante ao dos protestos do início do ano, quando milhares de pessoas participaram, a estratégia do governo muda, e o Planalto trabalhará para agilizar a tramitação do impeachment sob pena de as mobilizações crescerem ainda mais.

A oposição e o presidente da Câmara, porém, trabalham com o diagnóstico de que em março haverá uma deterioração do quadro econômico, o que impulsionaria nova onda de protestos.

Para Kim Kataguiri, liderança do Movimento Brasil Livre (MBL), o engajamento para este domingo já é maior que o esperado. "Depois da manifestação do dia 15 [de março], participação contabilizada no evento do Facebook deixou de ser termômetro, mas sim o engajamento na página do MBL", explica. "E batemos um recorde com 10 milhões de interações em duas semanas", anima-se.

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