O avião russo que caiu no Egito não foi atingido por algo externo e o piloto não emitiu um pedido de socorro antes de o aparelho desaparecer do radar, disse nesta segunda-feira (2) uma fonte na comissão que analisa os registros de voo.
A fonte não quis dar mais detalhes, mas baseou seus comentários na análise preliminar das caixas-pretas recuperadas do Airbus A321 que caiu na península do Sinai, no sábado, matando todas as 224 pessoas a bordo.
Na aviação civil uma fonte informou apenas que os investigadores egípcios, auxiliados por especialistas russos e franceses, ainda não haviam terminado de examinar as caixas-pretas.
Autoridades russas disseram que o avião, transportando turistas do balneário turístico de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, para São Petersburgo, provavelmente se partiu ao meio no ar, mas disseram ser muito cedo para apontar o que causou a tragédia.
Os primeiros corpos recuperados dos destroços chegaram a bordo de um avião do governo russo ao Aeroporto de Pulkovo, em São Petersburgo, onde pessoas deixaram muitas flores.
Um fotógrafo da Reuters viu um caminhão branco sair do aeroporto, escoltado por carros de polícia, em direção ao necrotério de São Petersburgo, onde os corpos serão identificados.
De acordo com agências de notícias russas, o avião trouxe 144 corpos e uma segunda aeronave do governo iria o deixar o Cairo na noite desta segunda-feira.
No domingo o presidente russo, Vladimir Putin, decretou um dia de luto nacional e nesta segunda-feira declarou que o acidente foi uma grande tragédia.
"Sem dúvida, tudo deve ser feito para que seja estabelecida uma imagem objetiva do que aconteceu, para que nós saibamos o que aconteceu?, disse Putin em comentários citados pela agência Itar-Tass.
Quando lhe perguntaram se a queda pode ter sido causada por atentado terrorista, o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse que nenhuma teoria ainda poderia ser descartada.
Um grupo militante egípcio afiliado ao Estado Islâmico afirmou no sábado que derrubou o avião "em resposta a ataques aéreos russos que mataram centenas de muçulmanos em terras sírias". No entanto, o ministro dos Transportes da Rússia rejeitou a acusação, dizendo que "não podem ser consideradas precisas".
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