A equipe econômica vai encaminhar nesta terça-feira (27) ao Congresso Nacional uma correspondência revisando para baixo a meta fiscal de 2015 - que ficará novamente no vermelho e que, pelas estimativas do governo federal, terão um rombo recorde, apesar do aumento de vários tributos.
De acordo com o comunicado que será encaminhado pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, ao Legislativo a nova meta fixada para 2015 é de um déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar os juros da dívida pública) sem precedentes de R$ 51,8 bilhões, o equivalente a cerca de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB), informou Hugo Leal, relator do projeto de lei que altera a meta fiscal deste ano, após reunião com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, nesta terça-feira (27).
"Nas despesas, não houve nenhuma alteração. Na realidade, o que você tem é a não expectativa das receitas administradas. O que o governo trabalha é com um déficit para 2015 de R$ 51,8 bilhões. Essa é a meta levando em consideração a frustração das receitas previstas e a queda da arrecadação", declarou Leal.
Em um evento em São Paulo, Levy informou a jornalistas na tarde desta terça que a redução da meta seria de aproximadamente 1% do PIB.
Nova meta não incorpora pedaladas fiscais
Essa nova meta de resultado fiscal, segundo ele, não incorpora a regularização das chamadas pedaladas fiscais - que são os atrasos de pagamentos do governo a bancos públicos, de modo que o déficit tende a ser maior ainda neste ano.
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