As declarações do vice-presidente Michel Temer que questionaram a possibilidade do governo terminar o os três anos e meio mandato soaram como uma bomba dentro do Palácio do Planalto e animaram a oposição.
Pela postura sempre discreta do peemedebista, aliados da presidente não esperavam que ele escancarasse a evidente crise. A oposição, entretanto, se animou com a possibilidade de desembarque do vice do governo.
Além dos governistas, segundo informações da Folha de S.Paulo, correligionários de Temer também reprovaram a fala de que “ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice baixo. Se continuar assim, eu vou dizer a você, 7%, 8% de popularidade, de fato, fica difícil”.
Ao longo desta semana, integrantes da oposição já previam que o PMDB estava mesmo disposto a deixar o governo. A interpretação de alguns oposicionistas era de que o partido, principalmente puxado pela ala de Temer, estava começando a se convencer que era hora de pular do barco.
Um dos motivos que teria aumentado a rusga entre a presidente e o vice teria sido o anúncio do retorno da CPMF, sem que o peemedebista fosse avisado. Um tucano lembra que Temer saiu em defesa do governo sem saber o que o governo, do qual ele faz parte, estava fazendo. O vice-presidente disse que a presidente não discutia a criação de um novo tributo e ele foi desmentido no mesmo dia pelo ministro da Saúde.
Nesta sexta-feira (4), o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Edinho Silva, tornou pública a opinião de políticos que tentam minimizar as declarações de Temer.
Para ele, a fala do vice foi mal interpretada. "Essa expressão, ela fora de contexto, ela pode ser mal interpretada, mas no contexto fica claro o objetivo do vice-presidente Michel Temer, que é unificar o governo na busca da melhoria da popularidade”, disse, segundo o G1.
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