A presidente Dilma Rousseff (PT) reconheceu, ontem, que o governo está enfrentando dificuldades econômicas, mas afirmou que não vai "apertar o cinto" no orçamento de programas sociais. Ela inaugurou a primeira estação de bombeamento de água do Eixo Norte da obra de transposição do Rio São Francisco, em Cabrobó, no sertão de Pernambuco.
"Assim como em casa vocês têm, às vezes, algumas dificuldades com o orçamento, o governo federal também teve. Mas, assim como vocês escolhem onde vão apertar o cinto, nós também escolhemos, e não vamos apertar o cinto em programas essenciais para o País seguir em frente, que são programas sociais como este aqui", declarou.
Dilma defendeu o papel do governo na criação de oportunidades para que os brasileiros tenham igualdade de condições, independentemente da região em que vivam. Para a presidente, os problemas não serão superados com pessimismo.
"Temos dificuldade? Temos, sim. Ninguém tem de tapar o sol com a peneira. Mas achar que está tudo ruim não é a forma pela qual a gente constrói canal. A gente constrói canal encarando a dificuldade de frente e ultrapassando a dificuldade com muita água, com muita força no coração e com muita esperança", afirmou, numa analogia com a transposição do Rio São Francisco.
No discurso, Dilma rebateu críticas sobre a obra. Ela destacou as dimensões do projeto, com quase 500 quilômetros de canais, atribuindo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a "vontade política" que tirou a transposição do papel.
A presidente acrescentou que a obra de transposição soma-se à construção de adutoras e canais pelo Nordeste como estratégia, de modo que a população da região possa conviver com a seca sem as consequências negativas da estiagem sobre a vida e a produção agropecuária. Segundo Dilma, todo o projeto será concluído até dezembro de 2016 e a transposição beneficiará diretamente 12 milhões de pessoas.
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