No entanto, os afagos do Governo não surtiram efeito entre aliados. Um dia depois da reunião puxada pelo Planalto, votando contra orientação da maioria dos líderes de partidos aliados, o plenário da Câmara decidiu votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 443, que garante aumento do teto salarial para advogados públicos e delegados de Polícia. A orientação de lideranças aliadas ao governo era para adiar a votação, o que foi rechaçado pelo plenário. Na madrugada de quinta-feira, o substitutivo à PEC foi aprovado.
Sob condição de anonimato, parlamentares cearenses apontam os partidos com índice mais elevado de infidelidade à orientação das lideranças: PSD, PP, PTB e PRB. Na quarta-feira, o líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO), anunciou, no plenário da Câmara, que o partido votaria as matérias que estão na Casa de forma independente.
O deputado federal cearense Arnon Bezerra (PTB) concorda que o semestre será difícil para o Governo e alega que não houve reunião partidária após o encontro com a presidente Dilma. Acrescenta que o líder do PTB, Jovair Arantes, teria pedido sua opinião sobre ir ou não à reunião com a chefe do Planalto.
"Eu disse que sim, que sou favorável. Nesse instante é hora de unir forças, o projeto é maior do que as pessoas", declarou Arnon horas antes de o PTB se intitular independente nas votações da Câmara Federal. "Não pode tornar isso um campo de guerra", complementa.
Diário do Nordeste
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