Prefeitos de cidades da Bahia, Minas Gerais e São Paulo recebiam 10% do valor de contratos fraudados na área da educação, segundo a Polícia Federal, que deflagrou nesta segunda-feira (13) operação para desarticular quadrilha suspeita de desviar recursos do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica).
A PF estima em aproximadamente R$ 57 milhões os prejuízos causados pela organização criminosa, que forjava licitações, em conluio com agentes públicos e mediante o pagamento de propina, para desviar recursos do Fundeb.
Segundo os delegados federais Fernando Bebert e Fábio Muniz, os prefeitos receberiam 10% do valor dos contratos, enquanto 3% ficava para lobistas que atuavam como intermediários.
O esquema fraudava licitações e superfaturava contratos de projetos de "inclusão digital".
"Os projetos licitatórios eram completamente fraudados, desde a licitação até o edital. Nós temos certeza da participação dos prefeitos", afirmou Bebert.
Quatro empresas participavam do esquema, sendo que duas venciam as licitações e outras duas atuavam como figurantes nos certames.
Os contratos eram apenas parcialmente executados e, em alguns casos, sequer houve a implantação dos projetos de inclusão digital.
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