O pedido para os novos mandados foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF).
A decisão do juiz foi publicada por volta das 11h desta sexta-feira (24). Moro considerou novas provas e fatos e encaminhou a decisão aos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
"Ocorre que, no curso das investigações, surgiram elementos supervenientes que reforçam a relação entre a Odebrecht e o pagamento de propinas no exterior", declarou o juiz em um dos trechos da decisão.
Procurada pela reportagem, a Odebrecht informou que "as defesas acabaram de tomar conhecimento e se pronunciarão oportunamente".
Os cinco investigados foram indiciados pela PF pelos crimes de fraude em licitação, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, crime contra a ordem econômica e organização criminosa e estão presos na carceragem desde junho deste ano, quando foi deflagrada a 14ª fase da Lava Jato.
"Muito embora as preventivas anteriormente decretadas permaneçam hígidas e válidas, o fato é que desde a decretação da prisão preventiva surgiram diversos elementos probatórios novos que recomendam a revisão do decidido", ressaltou o juiz.
Em outro trecho do despacho, Sérgio Moro disse que "não se trata, com o expediente, de subtrair a jurisdição das Cortes recursais, uma vez que os investigados, caso irresignados com a presente decisão, poderão impugná-la novamente de imediato através de novos habeas corpus", argumentou.
"É importante, porém, que as Cortes recursais tenham presentes todos os fatos e provas, inclusive os supervenientes às decisões anteriores", concluiu Sérgio Moro.
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