quinta-feira, 23 de abril de 2015

Brasileiro não aceita pagar mais caro pela conta de luz para economizar energia, diz pesquisa

Ag. CNM“O brasileiro está disposto a pagar mais pelo melhor uso da energia produzida, com menos desperdício. Mas, por outro lado, ele não aceita o aumento da conta de luz como política para controlar o consumo”. Assim resume pesquisa o assessor da Secretaria da Transparência do Senado, Thiago Cortez Costa. O material foi divulgado nesta quarta-feira, 22 de abril.

Realizada pelo DataSenado, a pesquisa de opinião buscou ouvir o que pensam os brasileiros sobre as políticas energéticas no País. As informações foram coletadas no período de 3 fevereiro e 2 de março, e ouviram 1.166 pessoas em todo o país.

Em meio a uma ameaça de crise hídrica, os consumidores têm sofrido com o aumento nas contas de luz. Porém, a maioria desaprova essa iniciativa do governo. Como forma de estimular a economia de energia, 86% acreditam que a saída é incentivar a fabricação de eletrodomésticos que evitem o desperdício, ainda que mais caros. A criação de leis que obriguem a fabricação desses aparelhos mais econômicos é vista com bons olhos por 65% dos entrevistados.

A pesquisa também revela que existe uma demanda por investimento em fontes de energia renováveis. Um total de 85% dos respondentes concordou total ou parcialmente que o Brasil invista mais em fontes de energia como eólica e solar. Em percentual menor, mais ainda representativo (68%), apoiam que empresas de energia sejam obrigadas a investir nessas fontes.

Rejeição ao aumento da conta

Perguntados sobre a possibilidade de o governo aumentar as tarifas da conta de luz para gerar economia de energia, 79% dos participantes alegaram discordância parcial ou total. A maioria (66%) discordou totalmente dessa medida. Dos demais respondentes, 6% concordaram totalmente, 12% concordaram parcialmente e 3% nem concordaram, nem discordaram.

Já quando questionados sobre o governo aumentar o preço da conta de energia para que as indústrias economizem mais energia, 38% disseram concordar total ou parcialmente e 55% mostraram-se contrários a essa medida total ou parcialmente. Participantes que disseram não concordar, nem discordar compõem 6% da população.

Metodologia de pesquisa

A pesquisa do DataSenado foi feita por meio de entrevistas telefônicas. A população considerada é a de cidadãos com 16 anos ou mais, residentes no Brasil, e com acesso a telefone fixo. A margem de erro admitida é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

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