A revelação de um possível problema com seus olhos adiciona um novo elemento na montagem do perfil do piloto de 27 anos, que segundo as autoridades também passava por tratamento para problemas psicológicos e havia escondido estas informações de seu empregador.Ainda não está claro qual a severidade do problema ou se ele estava relacionado à condição psicológica de Lubitz. Uma pessoa com conhecimento da investigação disse que as autoridades não descartaram a possibilidade de o problema de visão ter psicossomático.
Lubitz estava sozinho na cabine do avião da Germanwings quando ele caiu, ignorando os pedidos do capitão para entrar no local. Segundo as autoridades, ele teria derrubado o avião deliberadamente nos Alpes franceses, matando as 150 pessoas a bordo.
Nesta sexta, um hospital alemão informou que Lubitz esteve no local em fevereiro e março deste ano, mais recentemente no dia 10 de março. A clínica de Düsseldorf disse que o copiloto esteve no local para receber um diagnóstico, e não deu mais detalhes devido a regras de privacidade.
Queria ser lembrado
Segundo o jornal alemão “Bild”, Andreas Lubitz disse a sua ex-noiva que estava em tratamento psiquiátrico e que planejava um grande gesto do qual todos se lembrariam.
O jornal apresentou uma entrevista com a mulher que disse ter mantido um relacionamento em 2014 com Andreas Lubitz. Ele é apontado pelas autoridades como responsável pela queda do avião nos Alpes franceses, matando as 150 pessoas a bordo.
“Quando soube do acidente, eu lembrei de uma frase que ele disse”, contou a mulher, uma comissária de bordo de 26 anos identificada apenas como Maria W. “Um dia eu farei algo que vai mudar o sistema, e então todos saberão meu nome e se lembrarão dele.”
Ela disse que não entendia o que ele queria dizer, mas que agora fez sentido. “Ele fez isso porque percebeu que, devido a seus problemas de saúde, seu grande sonho de trabalhar na Lufthansa, de ter o cargo de piloto em voos de longa distância, era praticamente impossível.”
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