quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Reunião do Ministro da Justiça com advogado de empresas da Lava Jato causa dor de cabeça no Governo

Um assunto que continua na agenda da política brasileira: o que poderia ser considerada apenas uma simples reunião de trabalho, um simples gesto de cumprimento de agenda ministerial, se transformou em uma verdadeira dor de cabeça no Palácio do Planalto. 

A celeuma envolve a decisão do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em receber, para audiência, advogados de representantes de empresas implicadas nas denúncias de corrupção da Petrobras. O caso teve desdobramento. A reunião gerou críticas da oposição a partir das declarações do ministro aposentado do STF, Joaquim Barbosa, ao alertar para a incompatibilidade do encontro entre um ministro de estado e advogados de pessoas e empresas envolvidas no escândalo que atinge a maior empresa estatal brasileira. 

O ministro da Justiça chegou a classificar as críticas como coisa de ditadura e ganhou o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil, OAB. O caso ganhou, ainda, mais repercussão, com as declarações do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, ao definir como intolerável a audiência do Ministro da Justiça. Os deputados federais da oposição consideram que Eduardo Cardozo feriu a ética e, por essa razão, deve explicações ao Congresso Nacional.

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