Segundo a publicação, os documentos foram juntados na quarta-feira, 18, aos autos da ação penal que corre na Justiça Federal, no Paraná, contra Fernando Baiano e o ex-diretor da área Internacional da estatal Nestor Cerveró.
De acordo com as investigações, extratos do banco Merryll Lynch indicam a movimentação de US$ 2,7 milhões de duas empresas de Julio Camargo, entre outubro e novembro de 2010, para uma conta da Devonshire Global Fund, pertencente ao doleiro Alberto Youssef. O dinheiro teria sido usado para pagar a propina devida ao operador do PMDB.
O jornal afirma ainda que Fernando Baiano, preso desde o fim do ano passado, teria pedido propina de US$ 25 milhões para a compra de uma segunda sonda para a Petrobrás, que seria instalada no Golfo do México. Pela compra da primeira sonda, instalada na África, Fernando Baiano havia levado, segundo o Camargo, uma propina de US$ 15 milhões.
Segundo Camargo, com a suspensão pela Samsung de parte do pagamento pelas sondas ele ficou sem dinheiro para repassar a propina e teria recebido um prazo de 6 meses para efetuar o pagamento.
Para cumprir com o acordo, Camargo disse na sua delação que foram feitos contratos simulados de investimentos entre 3 empresas de sua propriedade e a GFD – A Piemonte teria transferido R$ 8,73 milhão, a Treviso, R$ 1,85 milhão e a Auguri, R$ 1,15 milhão. E para completar o valor pedido por Baiano, de aproximadamente US$ 8 milhões, efetuou pagamentos a empresas indicadas por ele no Brasil. Camargo disse não saber se Yousseff repassou os valores ao operador do PMDB, mas como ele não reclamou mais acredita que o acerto foi feito. O PMDB nega qualquer envolvimento no esquema.
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