quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Juiz pede informações sobre prisão de farmacêutica carioca suspeita de matar italiana

JOSÉ LEOMARO juiz José Arnaldo dos Santos Soares, da comarca de Jijoca, Ceará, pediu na tarde desta quinta-feira (8) mais informações à polícia sobre a prisão da carioca Míriam França de Mello, suspeita de envolvimento no assassinato da italiana Gaia Molinari. As informações servirão para embasar a decisão sobre o pedido de liberação da farmacêutica, de 31 anos, feito ontem (7).

A polícia tem 48 horas para responder à solicitação do magistrado. A prisão da doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro mobilizou 6,4 mil pessoas no Facebook pedindo sua soltura.

De acordo com a delegada Patrícia Bezerra, Miriam foi presa porque seu retorno ao Rio de Janeiro “inviabilizaria a continuidade das investigações”. A farmacêutica estava com a volta programada para o dia 29 de dezembro, quando foi presa. Para justificar a prisão, a delegada alegou que a suspeita mentiu várias vezes durante os dois depoimentos.

A revogação da prisão temporária da farmacêutica havia sido feita pela Defensoria Pública na segunda-feira (5) no Fórum de Cariré. O juiz de plantão informou que não apreciou o pedido, porque ele deveria ser encaminhado ao Fórum de Jijoca, onde ocorreu o crime. Para os defensores, não há indícios justificando a prisão da jovem carioca.

A prisão temporária é usada durante a investigação e geralmente é decretada para assegurar o sucesso de determinada diligência “imprescindível às investigações". Ela pode ser aplicada, entre outros casos, quando o indicado não tiver residência fixa e houver razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado no homicídio.

O prazo de duração da prisão temporária é cinco dias, mas há casos de prazos maiores.

A Polícia também aguarda o resultado do exame de DNA feito em um casal de turistas do Uruguai que esteve com a italiana Gaia Molinari antes dela ser encontrada morta, no último dia 25.

DN Online

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