"A liderança da AQAP dirigiu as operações e escolheu seu alvo cuidadosamente", afirmou.
Segundo o integrante do grupo, que forneceu à agência Associated Press uma declaração em inglês, o massacre de 12 pessoas no jornal, conhecido por zombar das religiões, foi "uma vingança pela honra" do profeta Maomé.
No comunicado, ele afirma que o ataque correspondia aos alertas feitos pelo líder da Al Qaeda Osama bin Laden, morto em maio de 2011, ao Ocidente sobre "as consequências da persistência na blasfêmia contra as santidades muçulmanas".
Ele acrescentou que o grupo demorou em reivindicar autoria pela ação por "razões de segurança". No dia do ataque, testemunhas disseram que os atiradores haviam afirmado que o ataque era obra da AQAP.
A informação surgiu depois dos irmãos Said Kouachi, 34, e Chérif Kouachi, 32, suspeitos pelo massacre no jornal, terem sido mortos durante ação policial em uma pequena gráfica em Dammartin-en-Goële, a 35 km a nordeste da capital francesa. Previamente, eles haviam afirmado estar prontos para morrer.
Segundo uma fonte policial, eles foram mortos depois de abrir fogo contra forças policiais que invadiram seu esconderijo. Uma pessoa que era mantida como refém foi libertada.
Em uma ação separada, um homem identificado como Amedy Coulibaly, 32, que manteve reféns em um supermercado kosher em Port de Vincennes, no leste de Paris, também foi morto. O sequestrador matou quatro reféns antes de a polícia entrar no local.
Coulibaly, um criminoso que já havia sido condenado em um caso de extremismo islâmico, conheceu Chérif Kouachi na prisão, onde os jihadistas se radicalizaram. Segundo a polícia, ele era suspeito de ter matado uma policial e ferido outra pessoa, na quinta (8), em Montrouge.
Em declarações ao canal francês BMFTV, Coulibaly, que disse pertencer ao Estado Islâmico, confirmou ter sido enviado e financiado pela AQAP e que sua ação foi coordenada com os assassinos do Charlie Hebdo.
A polícia procura agora a namorada de Coulibaly, Hayat Boumeddiene, de 26 anos. Ela é suspeita de agir junto com o parceiro na morte da policial Clarissa Jean-Phillipe na quinta (8).
A perseguição aos atiradores do Charlie Hebdo teve fim após 53 horas de intensas buscas e a mobilização de mais de 80 mil policiais. Unidades de elite os cercaram desde a manhã de ontem em Dammartin-en-Goële, cidade de 8.000 habitantes.
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