domingo, 23 de novembro de 2014

Petista nega propina e coloca quebra de sigilos à disposição


O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), rebateu, neste domingo (23), a acusação de que teria recebido R$ 1 milhão do esquema de fraudes envolvendo a Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Em nota divulgada à imprensa, o petista afirma que "nega veementemente ter pedido a quem quer que seja que solicitasse qualquer doação de campanha ao Paulo Roberto Costa", delator do esquema de corrupção e ex-diretor de Abastecimento da estatal.

Costa disse que aguarda com "tranquilidade" manifestação da Procuradoria-Geral da República que correm em sigilo sobre as autoridades investigadas e informou que está "à disposição de todos os órgãos de investigação afetos a esse caso para quaisquer esclarecimentos e, antecipadamente, disponibiliza a abertura dos sigilos bancário, fiscal e telefônico".

Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" deste domingo, Paulo Roberto Costa afirmou em depoimento à Justiça que o líder do PT no Senado recebeu R$ 1 milhão do esquema.

De acordo com o jornal, a citação foi feita em depoimento sigiloso que integra a delação premiada assinada pelo ex-diretor, por meio da qual ele espera ter sua pena reduzida.

O jornal afirma que, segundo Paulo Roberto, o dinheiro a Costa foi solicitado pelo empresário Mário Barbosa Beltrão, presidente da Associação das Empresas do Estado de Pernambuco (Assimpra).

Paulo Roberto teria dito que o dinheiro saiu da cota de 1% do PP. Segundo o jornal, o ex-diretor não soube informar como ocorreu o repasse, mas declarou que o empresário lhe confirmou o pagamento.

"Tal denúncia padece de consistência quando afirma que a suposta doação à campanha teria sido determinada pelo Partido Progressista (PP) por não haver qualquer razão que justificasse o apoio financeiro de outro partido à minha campanha", afirmou.

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