Pelo 32º ano consecutivo uma multidão participou no último final de semana da Caminhada da Seca, no sertão de Senador Pompeu. Segundo os organizadores do ato religioso e político-social mais de quatro mil pessoas caminharam da igreja de Nossa Senhora das Dores até o cemitério, na barragem do Açude Patu, onde estão enterradas as vítimas do flagelo da seca de 1932. O local havia sido transformado numa espécie de campo de concentração.
Como ocorre todo ano, a cidade foi invadida por estudiosos, professores, universitários e repórteres. Mas dessa vez um grupo especial chamou a atenção de quem participou da Caminhada. Eram alunos de um curso audiovisual que está sendo realizado em Quixadá. Eles fizeram registros fotográficos e filmagens da procissão. O material será transformando num documentário supervisionado pelo professor Ricardo Julianni, explicou o aluno Cleumio Pinto.
O ritual foi praticamente o mesmo do realizado nos anos anteriores, mas este ano a preocupação com a situação hídrica do Açude Patu se destacou. A cidade teme ficar desabastecida até o fim deste ano. Por esse motivo o Centro de Defesa dos Direitos Humanos Antônio Conselheiro (CDDH-AC), uma das entidades responsáveis pela organização Caminhada focou a mobilização na temática “Pela preservação das águas do Patu, fonte de vida e construção da liberdade – Em defesa da dignidade humana”.
Blog do Sertão Central
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