quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Denúncia: material de saneamento abandonado e obras paralisadas em Acopiara

Equipamentos, canos, documentos e conexões hidráulicas foram encontrados em depósito fechado em Acopiara. Foto: divulgação Na cidade de Acopiara, na região Centro-Sul, denúncia de desperdício de dinheiro público repercute entre os moradores. Em um depósito fechado há cerca de dois anos equipamentos e materiais que deveriam ter sido usados em obras de saneamento básico, esgotamento sanitário, em quatro bairros da cidade, estão abandonados.

De acordo com dados iniciais da secretaria de Infraestrutura do município os prejuízos são estimados em R$ 9 milhões de reais. Canos, tampas de esgoto, conexões de ferro, registros e farta quantidade de material hidráulico. Tudo isso foi encontrado em um depósito, no bairro Novo Acopiara, mas deveria ter sido para obras de saneamento.

O engenheiro da Prefeitura, Emídio Calixto, disse que a obra foi executada parcialmente e de forma irregular. “Os serviços estão abandonados”, lamentou.

O procurador de Acopiara, Tiago Batista, disse que a Prefeitura tomou conhecimento do material através do proprietário do imóvel, que está locado pela empresa responsável pela obra.

Além do material, foram encontrados documentos referentes à obra de saneamento. As obras estavam orçadas em R$ 4 milhões e não foram executados 5%, no bairro Nova Acopiara. Os recursos são da Funasa. “Tentamos contato com a empresa, mas não obtivemos resposta e há ação judicial para responsabilizar o ex-gestor”, disse o procurador, Tiago Batista. O caso foi comunicado ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal.

Os moradores estão revoltados porque as ruas não têm pavimentação, há buracos e lama escorre no meio da via.

O ex-prefeito de Acopiara, Antonio Almeida, disse que as obras seriam realizadas em quatro bairros e em um deles, Vila São Paulino, o serviço foi concluído em 2012. O ex-gestor responsabilizou a administração atual pela paralisação dos serviços nos bairros Nova Acopiara, Vila Esperança e Vila Moreira. Almeida disse que aguarda parecer dos órgãos de fiscalização.

Vitória Mendes, chefe de engenharia da Funasa, disse que os serviços foram concluídos em torno de 30%, e frisou que as denúncias de irregularidades estão sendo investigadas.

Diário do Nordeste
Centro Sul

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