Brasília - Após a Polícia Federal fazer operações de busca em empresas de sua filha, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa aceitou fechar um acordo de delação premiada com procuradores que atuam na Operação Lava-Jato para deixar a prisão. Ele é considerado uma bomba política pelos contatos que tinha quando era diretor da Petrobras.
Ele foi indicado em 2004 pelo PP, obteve depois o apoio do PT e tinha trânsito no PMDB. Ficou no cargo até 2012. Ao mesmo tempo, tinha contato com a cúpula das maiores empreiteiras do país. Ele teria dito na prisão que se contasse tudo o que sabe não haveria eleições neste ano.
Delação premiada é um recurso no qual um réu fornece informações para a Justiça em troca de uma pena menor. Uma nova advogada, especializada em delação premiada, foi enviada pela família a Curitiba para discutir os termos da delação.
Beatriz Catta Preta, a defensora escolhida, já cuidou da colaboração dos doleiros Raul Srour e Richard Otterloo. O advogado que defendia Costa, Nelio Machado, deixou o caso por discordar da estratégia. "Estão trocando uma defesa certa por uma aventura", disse Machado.
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