Para ficar livre de cobranças por parte do PT por fazer campanha a favor do PMDB e de candidatos do partido aos governos estaduais, Senado e Câmara - mesmo em locais em que os dois partidos estiverem separados, como Rio de Janeiro e São Paulo -, o vice-presidente da República Michel Temer reassumiu nesta quarta-feira, 16, a presidência da legenda
"Poderei ter um protagonismo maior de natureza, exclusivamente, política, não apenas administrativa. Esse protagonismo significa que vamos percorrer o País exatamente para tentar em todos Estados fazer prevalecer o nosso PMDB", afirmou Temer que se reuniu com parte da cúpula do PMDB na sede da legenda em Brasília.
De acordo com informações de bastidores, a entrada de Temer na campanha deste ano visa a tentar manter o PMDB como maior partido no Senado, além de retomar a dianteira também na Câmara, perdida para o PT na eleição de 2010. Temer lembrou que o PMDB lançou 18 candidatos a governador nos Estados.
O vice-presidente da República estava licenciado da presidência nacional do PMDB desde março de 2013, quando foi reeleito para o comando da legenda. Em seu lugar ficou o vice, senador Valdir Raupp (RO). Nesse período, Temer ocupou parte de seu tempo na luta para apaziguar o próprio PMDB, que ameaçou se rebelar contra a presidente Dilma Rousseff (PT) por várias ocasiões.
No discurso eleitoral, Temer pretende destacar a participação dos ministros do partido na realização da Copa: Moreira Franco (Aviação), os do Turismo, primeiro Gastão Vieira, depois Vinicius Lages, e Edison Lobão (de Minas e Energia).
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