Com sede em Xangai, na China, o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do Brics terá a primeira presidência rotativa, cujo mandato será de cinco anos, indicada pela Índia. Em seguida, será a vez de Brasil, Rússia, África do Sul e China, respectivamente, indicarem os presidentes. Já o primeiro escritório regional da nova instituição será localizado na África do Sul, enquanto a segunda unidade está prevista para o Brasil. O anúncio foi feito ontem, em Fortaleza, pela presidente Dilma Rousseff, durante a VI Cúpula do agrupamento que reúne os cinco países.
Questionada sobre a escolha da Índia para a primeira presidência, Dilma afirmou que a decisão deveu-se ao fato de o país asiático ter sugerido a criação do banco. "Nós consideramos que era justo que a primeira presidência ficasse com o país que tivesse proposto (a instituição)", frisou. Ela ressaltou ainda que a escolha de Xangai como sede está relacionada ao caráter de centro financeiro da cidade chinesa.
De acordo com Dilma Rousseff, o banco de desenvolvimento poderá financiar projetos em países que procurem a instituição e cuja relação com a entidade seja aceita pelos membros do Brics. "O nosso olhar para os países em desenvolvimento será um olhar generoso. Isso não implica, de nenhuma forma, que esse banco não terá regras bastante claras e firmes a respeito da sua própria sustentabilidade", frisou.
A nova instituição financeira terá capital subscrito de US$ 50 bilhões, divididos igualmente entre os cinco países. Já há autorização, entretanto, para que o capital seja expandido e chegue a US$ 100 bilhões.
O foco do banco, acrescentou a presidente, serão empreendimentos ligados a infraestrutura, podendo os recursos serem utilizados também em projetos voltados ao aumento da produção e à mitigação de desafios ligados a políticas sociais.
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