O Brasil faz três vezes mais cesárias do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Com isso, expõe as grávidas e os bebês a riscos que poderiam ser evitados. No país, existe uma cultura inequívoca de que este tipo de parto é o melhor. Enquanto a OMS limita o índice em 15% dos partos, no Brasil isso chega a 52%, portanto, mais da metade. Na rede privada o dado é ainda mais alarmante: 88% dos bebês nascem pela intervenção cirúrgica.
A cesariana é uma cirurgia como qualquer outra, assim as grávidas estão mais vulneráveis a problemas como infecção e hemorragias. O Ministério da Saúde, responsável pela pesquisa Nascer no Brasil: Inquérito Nacional sobre Parto e Nascimento, quer reverter tais resultados e estimular o parto normal. Os dados foram alcançados após acompanhamento de 23.894 gestantes em maternidades públicas e privadas de 191 Municípios em todos os 26 Estados e o Distrito Federal.
Quando nasce por parto normal, é mais provável que a criança vá direto para o colo da mãe – contato necessário nas primeiras horas, - e amamente. Entre os casos acompanhados pela pesquisa, apenas 28,2% dos bebês tiveram contato imediato com a mãe. Quando é cesariana, geralmente os recém nascidos têm problemas para respirar e mamar, assim são encaminhados para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), prejuízo comprovado por estudos médicos.
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