O Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE) informou já ter dado entrada em uma ação por improbidade administrativa contra o prefeito de Crato, Ronaldo Sampaio Gomes de Matos, o atual secretário de governo do município, Rafael Branco, além de nove vereadores e 2 empresários suspeitos de pertencerem a um esquema de pagamento para compra de votos de parlamentares, que ficou conhecido na cidade como “mensalinho do Crato”.
O anúncio em torno da apresentação da ação foi feito pelos promotores de Justiça Lucas Felipe Azevedo de Brito e Raimundo José Bezerra Parente, responsáveis pelas investigações. O caso passou a ser alvo de apurações após o vazamento de parte de uma gravação feita durante uma conversa entre o vereador Dárcio Luiz e o ex-prefeito Samuel Araripe. Na gravação o vereador afirma que o atual prefeito do Município, Ronaldo Sampaio Gomes de Mattos, teria pago R$ 450 mil para que nove vereadores votassem pela desaprovação das contas de Governo referentes ao exercício de 2009, de responsabilidade do ex-prefeito. Cada parlamentar, segundo a denúncia, teria recebido R$ 50 mil.
Nesta quinta-feira (20), durante coletiva de Imprensa convocada pelo MP-CE, o promotor Raimundo José Bezerra Parente voltou a afirmar que o órgão ministerial possui farto material comprobatório da existência do “mensalinho”. Porém, quando indagado sobre quais seriam as provas já coletadas durante as investigações, o promotor disse, apenas, que ainda seria necessário confrontar a documentação resultante da quebra dos sigilos bancários dos denunciados.
“O que nós queremos agora é ter acesso aos dados bancários, que é uma prova importante e, conforme todos sabem, a decisão do juiz no processo cautelar nos impediu de ter acesso aos dados”, disse o promotor, afirmando que tais documentos poderão comprovar o recebimento do dinheiro pago através do “mensalinho” pelos parlamentares.
DN Online
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