Dos 15.486 processos de pessoas presas no Ceará, analisados pelo Mutirão Carcerário no estado, 1.109 detentos não foram localizados nas cadeias e penitenciárias onde deveriam estar cumprindo as penas. Parte deles está foragida. A informação é do relatório final do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobre o mutirão realizado no período de 7 de agosto a 13 de setembro em Fortaleza e Juazeiro do Norte, na Região do Cariri. No documento, aprovado nesta terça-feira (11), o CNJ analisa, detalhadamente, o “caótico sistema carcerário do Ceará”. A secretaria da Justiça do Estado afirma não ter recebido o relatório, mas informa que o "estado possui o controle e acesso de todos os presos''.
Para o CNJ, não existe no Estado um sistema de controle integrado de reclusos da Secretaria de Justiça que compartilhe dados com o Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE). Esse sistema possibilitaria “o acesso aos magistrados na localização dos presos. Ao contrário, o que se constatou foi um sistema deficiente, que, não raras vezes, obriga o controle dos presos listagens elaboradas manualmente”. Para o CNJ, a situação é agravada com as sucessivas transferências de presos determinada pela Secretaria de Justiça do Ceará (Sejus) sem o conhecimento dos juízes.
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