quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Mais de mil presos 'sumiram' das cadeias do Ceará, diz CNJ

Dos 15.486 processos de pessoas presas no Ceará, analisados pelo Mutirão Carcerário no estado, 1.109 detentos não foram localizados nas cadeias e penitenciárias onde deveriam estar cumprindo as penas. Parte deles está foragida. A informação é do relatório final do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobre o mutirão realizado no período de 7 de agosto a 13 de setembro em Fortaleza e Juazeiro do Norte, na Região do Cariri. No documento, aprovado nesta terça-feira (11), o CNJ analisa, detalhadamente, o “caótico sistema carcerário do Ceará”. A secretaria da Justiça do Estado afirma não ter recebido o relatório, mas informa que o "estado possui o controle e acesso de todos os presos''.

Para o CNJ, não existe no Estado um sistema de controle integrado de reclusos da Secretaria de Justiça que compartilhe dados com o Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE). Esse sistema possibilitaria “o acesso aos magistrados na localização dos presos. Ao contrário, o que se constatou foi um sistema deficiente, que, não raras vezes, obriga o controle dos presos listagens elaboradas manualmente”. Para o CNJ, a situação é agravada com as sucessivas transferências de presos determinada pela Secretaria de Justiça do Ceará (Sejus) sem o conhecimento dos juízes.

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