quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

O novo e desconhecido som de Agenor Neto

Nada de "Codinome Beija-flor", "Exagerado", " Bete Balanço", ou qualquer dos tantos estandartes que consagraram Cazuza como o grande poeta da música de sua geração. A mais "popular" das canções do ídolo que você pode encontrar na coletânea lançada em sua homenagem, talvez seja "Down em mim", ou mesmo "Ritual", dependendo da fase do artista que se tenha mais proximidade. Mas é só.

O disco traz já no título "Agenor", um jogo com essa face menos conhecida do artista. Não é todo fã do poeta que sabe que no batismo ele está registrado como Agenor de Miranda Araújo Neto. E para quem não for um vasto conhecedor de seu repertório, a maior parte das canções do disco "Agenor - As Canções de Cazuza", projeto da gravadora Joia Moderna com distribuição da Tratore, irá soar inédita. São, de fato, pelo menos, bastante originais.

As composições foram rearranjadas e interpretadas por artistas da nova geração, incluindo os pernambucanos China e Mombojó, muitos nomes da atual cena carioca, como o quarteto Do Amor, o músico paraense Felipe Cordeiro, e o catarinense Wado. A jovem turma independente fez uma homenagem bem mais à altura do que alguns dos medalhões que participaram do show em sua memória, no último Rock in Rio.

Ao todo são 17 grupos/artistas, cada um com uma música. O disco foi lançado no segundo semestre de 2013, ano em que Cazuza completaria 55 anos, e teve produção do DJ Zé Pedro. O projeto dá sequência a uma linha de produções da gravadora, que já havia homenageado Angela Ro Ro, Marina Lima e Péricles Cavalcanti. A curadoria do projeto ficou a cargo da jornalista Lorena Calábria.

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