O secretário adjunto da SDA, Antônio Amorim, acompanhou pessoalmente a comprovação da denúncia encaminhada pelo Comitê Gestor Municipal do Programa Água para Todos e pelo Ministério Público Estadual (MPE), e a busca e apreensão de duas cisternas de polietileno, na localidade rural de Barroso I, por determinação do titular da Pasta, Nelson Martins.
O caso foi lamentado por Antônio Amorim. "É incompreensível que beneficiados façam a venda das cisternas e um empresário decida comprar", afirmou. "Não vamos tolerar esse tipo de comportamento". Amorim informou que outras acusações estão sendo apuradas pelo Estado.
O titular da SDA, Nelson Martins, disse que assim que recebeu a denúncia solicitou a apuração imediata do caso e comunicou o fato às autoridades. "É um caso grave e agimos rápido para que fique o exemplo e outros beneficiados não façam o mesmo. Já comuniquei por ofício ao secretário de Segurança Pública, ao procurador Federal e à Polícia Federal, que deve abrir inquérito".
O representante do MPE, promotor de Justiça Leydomar Nunes Pereira, considerou a venda das cisternas como fato preocupante. "É um ato gravíssimo e irresponsável por parte de quem vendeu e comprou. Diante da situação de seca, a aquisição das unidades para fins diversos exige uma apuração rigorosa com ação criminal e civil".
Por envolver recursos federais do Ministério da Integração Nacional, no convênio firmado com o governo do Estado por meio da SDA, o promotor de Justiça acredita que o processo deverá ser instaurado pela Procuradoria da República no Ceará e pela Polícia Federal. "Recebemos a denúncia e encaminhamos para os órgãos responsáveis", disse Leydomar Pereira.
O secretário de Agricultura do município e integrante do Comitê Gestor, Aildo de Oliveira, afirmou ter sido realizadas notificações e tentativas de reaver as unidades, no entanto, elas não foram devolvidas. A Promotoria de Justiça colheu depoimento dos dois acusados, mas não conseguiu localizar o empresário que teria efetuado a compra das duas unidades.
Os acusados negaram em depoimento ao MPE terem vendido a cisterna. Apresentaram versão semelhante de que foram procurados pelo empresário, que teria proposto a compra das unidades. Um deles disse que o acusado chegou com um caminhão e levou a cisterna, sem autorização. O outro afirmou que a unidade fora emprestada, com promessa de devolução quando fosse ser instalada.
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