Após as prisões dos petistas condenados pelo mensalão, o PT tentará
agora reforçar a tese de que o partido é vítima do atual sistema
político-eleitoral.
A defesa foi apresentada na primeira versão do texto base do 5º
Congresso Nacional do PT, que será aberto em dezembro, em Brasília.
Redigido por Marco Aurélio Garcia, assessor especial da Presidência da
República, o documento afirma que o partido é "prisioneiro de um sistema
eleitoral que favorece a corrupção".
Ele foi mostrado ao Diretório Nacional do partido na última
segunda-feira, em reunião realizada em São Paulo. O texto ainda poderá
ser modificado por emendas.
Sem citar o mensalão, o PT levanta a bandeira da ética como forma de
fazer um contraponto ao escândalo que atingiu o partido e volta a
defender uma ampla reforma política. Após os protestos de junho, Dilma
Rousseff sugeriu ao Congresso a realização de um plebiscito sobre o
assunto, mas foi derrotada.
De acordo com o PT, o financiamento público exclusivo de campanha é o
principal passo a ser dado no rumo de uma reforma política.
O documento faz ainda uma dura crítica ao Poder Judiciário ao afirmar
que o "sistema judicial é lento, elitista e pouco transparente" e diz
ainda que ele tem sido "permeado por interesses privados".
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